O nosso Vale do Café, que hoje é formado por 14 municípios, foi uma grande imensidão de fazendas de café. Algo em torno de 600 no áureo ciclo. E um lugar de grandeza e riqueza. Tudo resultado do plantio do ouro verde. Para se ter uma ideia, em 1779 o Rio exportava 57 arrobas de café; em 1796, 8.495 arrobas e em 1797, 8.300 arrobas. Em 1820 foram exportadas 539.000 arrobas, já com a contribuição da produção cafeeira do nosso Vale.
O Vale foi o principal produtor de café do Brasil Império. Na década de 1840, o café já era líder das exportações brasileiras e o Brasil o maior produtor mundial. Em 1852, o Vale produziu 7 milhões e 193 mil arrobas, o que representou 77% das exportações brasileiras. Nessa época, São Paulo contribuiu com apenas 13,8% e Minas Gerais com 7,6%. Em 1860, o Rio exportou 81,6% do total brasileiro que, em 1881, representou 61,5% do total mundial.
A grande opulência vivida no Vale do Café foi de 1840 a 1875. Na década de 1870, o café passou a representar até 56% do valor das exportações. Cerca de 80% da produção saíam do nosso Vale. Daí nasceu a relação com a nobreza do segundo império, que resultou num modo de vida ao estilo francês, com construções palacianas que fizeram o Vale do Café rivalizar com a capital Rio de Janeiro. Veio o declínio. O café mudou para São Paulo, onde prosperou, e grande parte das fazendas foi vendida. As famílias empobreceram, mas ficaram a história e a memória de um país.
O NASCIMENTO DO PRESERVALE
O legado do Ciclo do Café foram a história e a memória patrimonial, representada por centenas de fazendas. Diante disso, um grupo de 60 pessoas, entre fazendeiros, pesquisadores, ambientalistas, arquitetos, agentes de viagem, historiadores e apaixonados pela história e pelo patrimônio do Ciclo do Café, fundou em 1994 o Instituto PRESERVALE. O PRESERVALE nasceu como forma de união entre os diversos gestores de propriedades históricas, que viram no Turismo Cultural uma maneira inovadora de agregar valor ao patrimônio rural, acrescentando à renda corrente das fazendas as receitas de hospedagem e visitação guiada com finalidade educativa, histórica e cultural.
Novas propostas foram incorporadas, visando sobretudo à preservação do patrimônio histórico, à revitalização da cultura popular, à recuperação do patrimônio ambiental e paisagístico, dando à atividade turística uma característica regional. Temos no Vale inventariadas 133 fazendas dos séculos XVIII e XIX. Algumas permanecem íntegras com seus casarões palacianos. Hoje o PRESERVALE congrega cerca de 30 destas fazendas históricas.
O Instituto vem atuando junto aos órgãos de defesa do patrimônio nos âmbitos municipal, estadual e federal, bem como junto aos organismos ligados à Cultura e Preservação do Patrimônio; E, por este importante trabalho, o PRESERVALE recebeu em 2004 o Prêmio Estácio de Sá, da Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, na categoria Preservação do Patrimônio Cultural.
Toda a ação do PRESERVALE vai de encontro ao que se propõe: gerar ações sustentáveis.
Gestão de energia
Gestão da água
Gestão de águas residuais
Gestão de resíduos sólidos
Uso de químicos
Compras
Contribuição para biodiversidade e conservação da natureza
Contribuição para o desenvolvimento comunitário
Questões sociais no local de trabalho
Sistemas de Gestão ambiental
Fontes de informações adicionais
Fonte: GREENRIO.COM.BR