Uma das atrações de Paty do Alferes é o Museu da Cachaça, o primeiro no gênero no país.
Seus idealizadores, Íris e Iale Renan (hoje falecido), inauguraram o Museu em 1991 e foram necessários anos de pesquisas em bibliotecas e colecionando algumas centenas de garrafas compradas em todos os cantos do Brasil, para montar este acervo vasto e peculiar, que é apresentado aos seus visitantes junto com quadros, coleções de crônicas e artigos, livros especializados, trovas populares, um antigo mini alambique, dentre muitos outras atrações, que compõem a importante história da cachaça.
No Museu da Cachaça também estão instaladas uma indústria artesanal de aguardente, duas adegas e um bar para degustação gratuita.
A cachaça que já foi a mais popular de todas as nossas bebidas, é hoje conhecida internacionalmente como o produto tipicamente brasileiro. Ao servir de base para aperitivos como a caipirinha, traduzindo o paladar nacional, ganhou status de produto de exportação e tornou-se mais um símbolo do Brasil para o mundo, tal qual o samba e o futebol.
A história
A história da cachaça, bebida feita da cana-de-açúcar, remonta aos primórdios do século XVI. O que inicialmente era apenas espuma da caldeira em que se purificava o caldo da cana e servia apenas como alimento para os animais, sem nenhum teor alcoólico, na segunda metade do século XVI, já passou a ser produzida em alambiques de barro e depois cobre, com constituição como a conhecemos hoje.
Era comum nesta época os senhores de engenho darem cachaça aos escravos junto à primeira refeição do dia, já que assim garantiam mais resistência no duro trabalho dos canaviais.
Com o tempo e o aumento da produção a cachaça saiu das senzalas e invadiu as casas grandes, tornando-se uma bebida comum e importante no Brasil Colônia, não apenas na degustação mas também pelo seu papel econômico, uma vez que ela passou a ser consumida também nas casas portuguesas, o que provocou uma reação que culminou com a proibição da venda de cachaça na Bahia em 1635 e em 1639, tentou-se impedir até o fabrico.
Na época da vinda da Corte Portuguesa para o Brasil (1808), a cachaça já estava estabilizada na economia nacional e mais tarde viria ainda servir como um estandarte da nossa brasilidade e como forma de protesto, já que nos brindes era usada em lugar do tradicional vinho, principalmente dos vindos de Portugal.
Incontáveis são as destilarias, de todos os portes, que hoje se espalham pelo país. Seja em garrafas de cristal ou no mais simples vasilhame, a cachaça alcançou o patamar de produto genuinamente brasileiro que, além de abrir fronteiras, ainda divulga nossa cultura por qualquer lugar do mundo.
Museu da Cachaça
Rua Nova Mantiquira 227 – Mantiquira
Paty do Alferes – R.J.
Tel.: (24) 2485.1475
www.muca.com.br
Visitação: de 3ª a 6ª feira: 09:00 às 18:00 hs
Sábados: 09:00 às 19:00 hs
Domingos e 2ª Feira: 09:00 às 17:00 hs
Com acompanhamento de recepcionistas para esclarecimentos
Fonte: patydoalferes.rj.gov.br