Como surgiu o Vale do Café?

A região do Vale do Café, no Rio de Janeiro, formada pelos municípios Barra do Piraí, Conservatória, Engenheiro Paulo de Frontin, Mendes, Miguel Pereira, Paracambi, Paty do Alferes, Piraí, Rio das Flores, Valença e Vassouras constitui-se em uma das regiões de maior evidência em termos de história da formação do Estado do Rio de Janeiro.

A região destaca-se por ter concentrado nos séculos XVIII, XIX e XX as grandes fazendas de produção de Café, que marcaram o primeiro ciclo do café brasileiro. Muitas das cidades da região iniciaram-se em função das fazendas, de pouso de tropeiros e dos próprios fazendeiros instalados na região.

A chegada da ferrovia incentivada pela necessidade do escoamento da produção de café e a concentração de vários entroncamentos ferroviários na região também contribuiu para seu desenvolvimento, bem como o fato de ser passagem para muitos que se deslocavam para Minas e Goiás. A Família Real muitas vezes passou e se hospedou em fazendas da região.

Anterior a implantação do café na região, a mesma já se destacava pela produção de cana-de-açúcar.

Atualmente, a região do Vale do Ciclo do Café oferece a seus visitantes, além de um excelente clima, um verdadeiro passeio pela história do Estado do Rio de Janeiro, com sua suntuosa arquitetura rural do Ciclo do Café. São casarões, fazendas, senzalas, um patrimônio cultural riquíssimo. A região destaca-se, ainda, pela mata atlântica em várias áreas, relevo e clima pitorescos.

Com relação à produção rural, a região possui predominantemente fazendas de gado leiteiro e gado de corte, além dos mais diversos tipos de produção para consumo próprio das fazendas. O município de Paty do Alferes destaca-se pela produção de tomate. O município de Miguel Pereira, por usa vez, tem recebido destaque pela produção de orgânicos, em especial legumes e hortaliças. Podem ser vistas na região ainda a criação de suínos, tilápias, a produção de eucaliptos, café etc.

Fonte: Vivências Brasil