História do Café – conheça a trajetória do grão

Com a ajuda dos holandeses, que dominavam o comércio marítimo, o café chega à América. No Brasil, no entanto, o café chegou a partir da Guiana Francesa, pelas mãos do oficial português Francisco de Mello Palheta.

Um linda história de amor envolvendo a chegada do grão ao Brasil

Segundo uma das versões da história, o café chegou ao Brasil de maneira furtiva e apaixonada. Palheta recebeu sementes da planta como presente de Madame D’Orvilliers, esposa do governador de Caiena. Imagina-se que houve um romance entre eles e as sementes foram um romântico simbolismo da paixão: em terras férteis, poderiam brotar e crescer, tal como uma idealizada relação.

O amor dos dois não teve sorte, mas os grãos sim, expandindo-se, um século e meio mais tarde, no Rio de Janeiro, mais especificamente em 1781, quando começou a ser plantado por João Alberto de Castello Branco.

Era momento em que se esgotava o ciclo do ouro em Minas Gerais, e os grandes proprietários procuravam uma nova atividade para investimento. 

Enquanto isso, o consumo de café nos Estados Unidos e Europa crescia e crescia, criando espaço para a chegada de um

Novo Ciclo Econômico, no país e no mundo! Começava a era do ouro verde!

  Adentramos o século XIX, período vital para a expansão territorial da cultura cafeeira e de seu protagonismo na economia brasileira. 

 Para que fique mais claro o contexto histórico desse início de século, em 1803 tiveram inicío as Guerras Napoleônicas. A França, através de seu Imperador, Napoleão Bonaparte, avança para a conquista das demais nações europeias. 

 Para fugir da invasão e proteger a nobreza, a família real portuguesa desembarca, em 1808, em sua mais próspera colônia: o Brasil. Pela primeira vez na história uma colônia européia torna-se sede do Império. 

 A vinda da família real portuguesa, que ficou sediada no Rio de Janeiro, transformou a vida brasileira em todos os sentidos: costumes, política e economia. Foi nesse período a abertura dos portos, a criação da Imprensa Régia, a fundação do Banco do Brasil, a criação da Academia Real Militar e abertura de escolas de medicina. 

Também são das primeiras décadas do século a criação da Biblioteca Real, atual Biblioteca Nacional, do Jardim Botânico e do Museu Real, atual Museu Nacional. 

Como o ciclo da cana e do ouro, respectivamente, haviam chegado ao fim, era hora de investir em uma atividade que rendesse impostos à coroa e o café surge como nova possibilidade para arrecadação.

 A região do Vale do Rio Paraíba, terras que até então eram usadas como passagem para escoamento do ouro e por isso pouco habitadas, revelaram-se férteis e com clima adequado para o cultivo do café. 

 Assim, os antigos mineradores e aqueles que enriqueceram com o ouro, após ganharem terras (sesmarias) para seu cultivo, iniciaram o movimento de interiorização rumo às terras “serra acima” – região hoje conhecida como Vale do Café. 

 Entre os cafeicultores que se sobressaem na região estão: Domingos Custódio Guimarães, que futuramente construiria as sedes do Hotel Fazenda União e da Fazendadoparaizo_rj ; o Barão do Rio Bonito, cujo filho, o 2º Barão do Rio Bonito, fundaria a Fazenda Alliança Agroecológica e Antônio Ribeiro Avellar, cujo genro, Luis Gomes Ribeiro, seria responsável pela construção da Fazenda São Luiz da Boa Sorte.