Vale do Café: conheça a cidade de Conservatória

O nome Conservatória tem origem em Portugal e se refere a um tipo de cartório de registro de populações. A princípio, era chamada “Conservatória dos Índios”, o lugar onde os portugueses que iniciaram a colonização do lugar cadastravam os índios Araris, originários da região.

A entrada principal é marcada pelo famoso túnel que chora, construído, no Século XIX, por mãos escravas para dar passagem à linha férrea.

O casario, erguido na mesma época em estilo colonial, foi tombado pelo patrimônio histórico municipal e oferece um colorido especial ao lugar.

O simpático distrito de Valença também é conhecido como “A Cidade das Serestas”, mas suas serenatas também são famosas. Na fachada da maioria das casas, há uma plaquinha que traz o nome e autoria de uma música de seresta, escolhida pelo próprio morador. Nas noites de serenatas os cantores saem pelas ruas e param diante dessas fachadas para tocarem as músicas das placas.

Algumas fazendas históricas da época do apogeu do café na região, estão bem próximas e tornam Conservatória um destino ainda mais interessante para se visitar, já que reúne diversas atrações históricas e culturais, além de belezas naturais incríveis.

ATRAÇÕES TURÍSTICAS
Cine Centímetro – Réplica do famoso Cine Metro Tijuca, que funcionou entre 1941 e 1976, na Praça Saens Peña, no Rio de Janeiro, e abrigava até 1800 pessoas, o Centímetro, em um clima de aconchego, comporta apenas 60 espectadores. Uma ótima oportunidade para lembrar da época dos cinemas de rua. A visitação inclui exibição, em película, de antigos clipes e trailers da MGM.

Localização: Centro de Conservatória

Casa da Cultura – Construído no Século XIX, o casarão já pertenceu às famílias do barão do café Francisco Leite Ribeiro e do padre João Pedro Seabra. A casa sempre oferece exposições temporárias e permanentes. Além disso, possui um pequeno acervo de rádios e toca-discos, como um gramofone de 1910 e uma rádio-vitrola da década de 1940.

No local, há cerca de cinquenta obras do artista Luiz Figueiredo, que passou parte da infância na cidade. A coleção foi restaurada pela Fundação Portinari em parceria com a Secretaria Estadual de Cultura. Vários museus de arte naïf (produzida por artistas sem formação acadêmica) da Europa também possuem obras de sua autoria.

Uma curiosidade é que o chafariz da praça de baixo de Conservatória pertencia ao apartamento de Luiz Figueiredo, em Copacabana.

Um acervo do Museu da Seresta, com fotos, músicas e notícias também é mantido pela Casa da Cultura. As famosas serenatas partem de lá, nas noites de sextas e sábados.

Localização: Rua Monsenhor Paschoal Librelotto, 307

Igreja de Santo Antônio – Antes de ser erguida, no local havia uma capela, datada de 1803, toda em pau a pique e coberta de sapê. A robusta construção de paredes largas, com cerca de 1, 6 m de espessura, foi inaugurada em 1868.

Todos os anos, no mês de julho, a comunidade realiza a Festa de Santo Antônio.

Localização: Praça Getúlio Vargas, Centro

Serra da Beleza – O nome oficial é Serra da Taquara, mas ao apreciar o lugar, entende-se o apelido. Em uma das curvas da estrada Conservatória x Santa Isabel, há um ponto estratégico para melhor se observar uma das paisagens mais belas da região.

Locomotiva 206 – Fabricada na Filadelphia, EUA, e trazida para o Brasil na primeira década do Século XX, a locomotiva, que remete aos tempos em que Conservatória possuía linha férrea, é parada obrigatória para fotos de recordação.

Túnel que Chora – O nome se deve a uma fonte de água pura, conhecida como Fonte da Saudade. Com noventa e cinco metros de extensão, cinco de largura, três metros e meio de altura e calçamento em pé-de-moleque, encontra-se em estado de rocha bruta, no qual é possível verificar o trabalho de escavação feita pelos escravos.

Ponte dos Arcos – Construída para ligar duas ferrovias, com cem metros de extensão e doze de altura, foi inaugurada em 1884, na presença de D. Pedro II.

Cachoeira da Índia – Sobre a pequena queda d’água do Balneário Municipal João Raposo, há uma escultura muito parecida com a figura de uma índia. Daí vem o apelido carinhoso. A obra, toda trabalhada em bronze, com aproximadamente cem quilos, foi criada pela artista Vilma Noel e doada a Conservatória pelo artista plástico Luis Figueiredo.

Fonte: Portal do Vale do Café